As crianças

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Formatação: Procurando autoria
Música: Que Canten Los Niños, José Luis Perales

Eis uma apresentação que nos conscientiza que crianças têm as mesmas necessidades e direitos em qualquer parte do mundo: boa alimentação, um teto para morar, carinho, atenção, cuidado, espaço para brincar, oportunidade para frequentar a escola. Infelizmente a dura realidade não é esta... É o sistema que o nosso silêncio cúmplice alimenta…

Corpos transformados pelo trabalho infantil, traumas pelo silêncio com o abuso sexual. Esses e outros dramas acontecem com milhares de crianças e adolescentes, que têm suas vidas transformadas por pessoas insensíveis que, algumas vezes, sofrem até distúrbios psicológicos; e são incapazes de respeitar o direito a estudar e brincar.

O número de meninos e meninas submetidos a essa situação no Brasil impressiona.

Enfrentar a barreira do silêncio, transformar a realidade cultural do país no que diz respeito, principalmente, às questões de gênero, e possibilitar que o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes sejam compreendidos como graves violações dos direitos infanto-juvenis passaram, desde então, a serem os principais desafios das organizações e movimentos sociais que atuam na promoção da infância e da adolescência.

Diante desse cenário, a colaboração das empresas e dos profissionais da mídia passou a ser fundamental para que a realidade da violência sexual se torne conhecida e ganhe um espaço central na agenda pública brasileira. Para que isso ocorra, no entanto, é preciso compreender que os meios de comunicação nacionais e seus profissionais não estão isentos dos mesmos preconceitos e visões equivocadas que marcam a compreensão da sociedade sobre esse fenômeno. Manchetes sensacionalistas, uso excessivo de termos pejorativos, revitimização de meninos e meninas, pouca pluralidade de fontes, falta de análise crítica das políticas públicas são alguns exemplos práticos de como a imprensa brasileira ainda comete erros na hora de cobrir as situações de violência sexual.

Todavia, muito antes de culpar jornalistas e veículos de comunicação, é preciso entender qual a realidade da cobertura jornalística, quais as dificuldades encontradas pelos profissionais e os caminhos para a construção de um cenário de colaboração no enfrentamento aos crimes cometidos contra meninos e meninas.

Revista Criança, CCF – Brasil, Edição de 2005 http://www.fundocristao.com.br/fcc_new/pdf/Revista_Crianca_n17.pdf

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