Amigo é Casa


“Amigo que é amigo quando quer estar presente faz-se quase transparente, sem deixar-se perceber. Amigo a gente acolhe, recolhe e agasalha, e oferece lugar pra dormir e comer. Amigo que é amigo não puxa tapete, oferece pra gente o melhor que tem e o que nem tem, quando não tem, finge que tem, faz o que pode e o seu coração reparte que nem pão.” (Capiba e Hermínio Belo de Carvalho)

Homenagem ao Formatador

Finalmente, consegui zerar minha caixa de entrada de e-mails acumulados e responder para amigos que sempre me enviam belas apresentações em PPS. Dentre as ótimas formatações que guardei em meus arquivos, esta me chamou a atenção por causa da música (que eu não conhecia), interpretada por Lenine e Zé Renato, e cujo nome é o título desta postagem: Amigo é Casa.  

Escrevi para Rosa-Ro, autora do trabalho, elogiando o lindo PPS e convidei-a para participar de minha homenagem ao formatador de slides. Ela, prontamente me respondeu, e eis seu comentário:

Olá Yolanda, eu poderia escrever algumas palavras sobre o porquê de ser feliz formatando; me encanta receber palavras belas e dar-lhes cor, movimento, som, em suma, dar-lhes vida. Como escreveu meu amigo poeta Wanderlei Bellini, de Umuarama, arremessou-me às nuvens. Veja a beleza de um trecho extraído da mensagem dele, no Dia do Formatador (23 de agosto):

Formatador formata dor, formata amor, palavras conexas e desconexas, dá vida a vida da flor, excita os amantes, navega por mares, rios e lagos, atravessa montanhas, mergulha nas nuvens e dá sentido ao que não tem sentido.  – WB"

Ao ver a apresentação, pesquisei o significado de algumas palavras encontradas na composição:

Resedá: Árvore de pequeno porte, bastante utilizada nas calçadas das cidades.
Arrebóis: Vermelhidão das nuvens na aurora, ou no por do sol.
Cumieira: A parte mais alta de um telhado. 
Beira e Tribeira: Casas antigas com um telhado triplo: a eira, a beira e a tribeira como era chamada a parte mais alta do telhado. 
Tramela: ferrolho, que se gira em torno de um prego para fechar portas e janelas.
Gelosia: Tipo de persiana
Platibandas: Parede mais alta que o telhado

Melhor visualização na tela cheia (full screen). Clique no Play e a letra "F" no teclado.
Formatação: Rosa-Ro 
Fundo Musical: Amigo é Casa, interpretação de Lenine e Zé Renato 

Eu me emocionei. E você?

Lá vai minha filha!





“Quando o filho nasce começamos a nos despedir dele no mesmo instante. Nosso elo só é enquanto no ventre. Depois somos seus abrigos, condutores, provedores, sem nunca esquecer que eles começam a ir embora, no dia que nascem.” (Hilda Lucas)





Tão pequena, tão rosadinha, parece uma boneca...” Essas foram palavras que eu disse, ainda na Maternidade, quando do nascimento de minha primogênita. Lembro-me, na primeira noite, coloquei minha filha recém-nascida no carrinho ao lado de minha cama. Eu acordava de hora em hora para ver se ela estava respirando... 

“Lá vai minha filha apaixonada e confiante. Ensaiando voos, escolhendo caminhos, encerrando ciclos. Eu feliz penso: Cumpra-se!”

Ah... Lembranças de uma época em que filhos ficavam juntos e acompanhavam os pais nos passeios, nas viagens, nas festas em família. Mas, o tempo fez com que crescessem e seguissem seu rumo. Lá vão meus filhos! Assim seja!

Esta é minha singela homenagem à minha filha, pela passagem de mais um aniversário. 

Melhor visualização na tela inteira (full screen). Clique Play e a letra "F" no teclado.

Formatação: Marcia e Elymaria
Fundo Musical: Carino, Chris Spheeri

Nota: Pelo fato de ter recebido a confirmação da escritora Hilda Lucas de que foi ela quem escreveu a linda crônica, transcrevo abaixo na íntegra:

Lá vai minha filha, por Hilda Lucas

Lá vai minha filha. Minha menina. O tempo voou.

Lá vai minha filha quase voando no seu vestido etéreo.

Lá vai minha filha do olho grande, da pele morena e do cheiro de feijão. A menina que estreou a mãe em mim. A menina que chegou trazendo todo um universo de novidades: emoções, medos, encantamentos, aprendizados. Crescemos juntas: eu aprendendo a ser mãe e ela aprendendo a ser ela mesma. Descobrimos duas palavras mágicas: ela me chamou mãe e eu a chamei filha. Palavras novas e tão viscerais que pacientes esperavam para se cumprir. Éramos duas sendo uma em muitos sentidos. Carne da minha carne, fruto do meu amor, sonho dos meus sonhos. Ela me expandia e eu a protegia. Ela me dava a mão e eu todos os sumos. Ela me dava a eternidade e eu lhe dava asas. Ela me alargava o coração e eu lhe ensinava a caminhar sozinha. Ela me cobria de beijos e eu a cobria de bênçãos. Ela me pedia colo e eu lhe pedia sorrisos. Ela me traduzia e eu a decifrava. Ela me ensinava e eu lhe descortinava o mundo. Ela me apontava o novo e eu lhe ensinava lições aprendidas no passado. Ela me falava de fadas e princesas e eu lhe falava de avós e gentes. Ela me emprestava seus olhos encantados e eu rezava por um mundo melhor. Ela me tirava o sono e eu cantava para ela dormir. Ela me alegrava a vida e eu vivia para ela.

Quando um filho nasce começamos a nos despedir dele no mesmo instante. Nosso ele só é quando no ventre. Depois somos seus abrigos, seus condutores, seus provedores sem nunca esquecer que eles começam a ir embora no dia que nascem. No começo o tempo parece parar. A plenitude da maternidade e a dependência dos pequenos criam uma ilusão de que será assim para sempre. Mas não, eles crescem inexoravelmente em direção à independência. Cumpre-se o ciclo da vida e é melhor que seja assim, caso contrário, significa que algo de muito triste, inverso ou perverso aconteceu.

Lá vai minha filha. Assim seja.

Olho seus olhos enormes e profundos e vejo os mesmos olhos que ainda na sala de parto me olharam intrigados, solenes, como que me reconhecendo, me convocando. Eu disse sim à minha filha, imediatamente, a segui desde aquele instante, entregue, eleita. O amor que eu senti foi tão avassalador e instantâneo que eu cheguei a ter medo. Sim, na hora que nasce o primeiro filho, a gente compreende a fragilidade da vida, a fugacidade das coisas e a passa a ter medo de morrer. O fato dela precisar de mim me tornava única, imprescindível. Eu não podia falhar, eu não podia morrer, afinal foi ela quem me escolheu. A partir dali, tudo mudou, meu espaço, meu papel, minha relação com o mundo adquiriu outra dimensão: eu era sua mãe!

Crescemos juntas. Somos amigas. Mãe e filha. Ao longo desses anos rimos, choramos, brigamos, resolvemos impasses, estreitamos laços, vencemos batalhas, enfrentamos noites escuras. Contamos uma com a outra, sempre. Às vezes era eu quem a socorria outras vezes era ela quem me amparava. Não foram poucas as vezes em que os papéis se inverteram e ela foi minha mãe. Às vezes me pergunto se eu dei a ela tanto quanto recebi. Sinceramente, acho que não. Desde o momento zero ela transformou minha vida e, num movimento contínuo, faz de mim uma pessoa melhor.

Lá vai minha filha. Apaixonada e confiante. Ensaiando vôos, escolhendo caminhos, encerrando ciclos.

Eu feliz, penso: cumpra-se!

Fonte: http://mdemulher.abril.com.br/bem-estar/colunistas/hilda-lucas/la-vai-minha-filha-506936.shtml

Vende-se Tudo!




“Deixei de lado o zelo excessivo por coisas que foram feitas apenas para se usar, e não para se amar. Hoje me desfaço com facilidade de objetos, enquanto que se torna cada vez mais difícil me afastar de pessoas que são ou foram importantes, não importa o tempo que elas estiveram presentes em minha vida.” 


Irene, a quem carinhosamente chamo de Mama, é uma fabulosa amiga há anos, desde que me mudei para minha atual residência. Tenho rido muito com ela, ultimamente.

Quando Mama Irene me enviou esta apresentação que publico, ela se viu retratada em todas as situações, pois, às vésperas de se mudar para junto das filhas que moram distante, ela agora está assistindo televisão sentada no chão, já que sua mobília foi vendida e doada para os vários interessados em venda de garagem - na verdade aconteceu a oito andares acima do estacionamento. Eu mesma adquiri algumas coisas, porque estou acabando de mobiliar minha casa.

Essa minha amiga conta que muitos pediam de graça objetos de valor estimativo, mas sei que “nenhuma recordação dela foi vendida ou entregue como brinde”.

O texto inteligente de Martha Medeiros é uma ode ao desapego: Não são as coisas que possuímos ou compramos que representam riqueza, plenitude e felicidade. São os momentos especiais que não têm preço; as pessoas que estão próximas da gente e que nos amam; a saúde; os amigos que escolhemos; a nossa paz de espírito!

Sentirei muito tua falta, minha amiga, mas estarei te visitando em breve. Aguarde-me!

Melhor visualização na tela cheia (full screen) - Clique "F" no teclado
Formatação: Mariza V. Rodrigues 
Fundo Musical: Lamour em Hermitage, Nana Mouskouri

A Fotografia


Nenhuma outra forma de expressão artística é tão contundente, tão profunda, tão exata, tão crua, ou tão emotiva como uma fotografia. Convertam-se em biógrafos das imagens de sua vida!” ( F.Sáinz)

Meu saudoso marido adorava registrar todos os momentos em família, registros esses que ficaram eternizados em  fotografias, filmes e, claro, na memória. Ao longo do tempo, acabei perdendo preciosidades em papel e que hoje só as tenho na lembrança.

Revendo álbuns de fotos ou assistindo os vídeos cassetes - hoje convertidos em DVDs - é como se eu entrasse numa máquina do tempo e vivenciasse cada instante flagrado. São recordações de uma época feliz, sem dúvida.

"Saudade é o amor que fica."

A magia da fotografia é isso: registra um passado com sua história... Um instante de tempo congelado na memória.

Apreciem as imagens desta apresentação, cada uma delas transmitindo um tipo de emoção, um movimento suave, uma ação, um instante em um rosto... Uma explosão de cores ou a síntese do branco e preto!

Melhor visualização na tela cheia (full screen)

Formatação original: F.Sáinz – Adaptação: Yolanda Hollaender
Fundo Musical: Always on my Mind, Richard Clayderman